quinta-feira, 2 de maio de 2013

AS GALHADAS NO DIÁRIO



Finalmente, o Diário da Região resolveu mostrar o tormento que as galhadas nas calçadas estão provocando na cidade. Mas não acredito que as galhadas incomodam moradores e sim os transeuntes. São os próprios moradores e os podadores que colocam as galhadas nas calçadas ou no meio-fio. O bom do Diário ter entrado nesta briga, que estamos sustentando aqui no Blog e no Facebook há pelo menos 30 dias, é que amplia a força da informação (verificar www.lele-arantes.blogspot.com de 5 e 12 de abril).
O viés enfocado pelo Diário ficou pobre. Limitou-se à reclamação dos moradores. Não entrou a fundo na questão. Assim como não entrou a fundo para descobrir aonde funciona empresa que faz o serviço de catar os galhos.
O jornal está nos devendo muitas informações a respeito de um serviço em que a Prefeitura gasta mais de R$ 1,2 milhão por ano.
É muito dinheiro para um serviço tão simples. Este serviço custa aos cofres municipais a bagatela de R$ 8,3 mil por dia. Com este dinheiro a Prefeitura colocaria um exército de pessoas na rua trabalhando.
Mas, se nem o Ministério Público se interessou em conhecer os mecanismos da contratação desse serviço, porque o jornal vai perder tempo com isso?
Por outro lado, enquanto a Prefeitura paga para retirar as galhadas, a cidade sofre com o calor e com as podas drásticas. Existem podas que são verdadeiras crucificações, dá até medo de olhar aqueles galhos nus e serrados apontando para o céu, pedindo clemência para os seus executores.
Volto a insistir. A cidade ODEIA árvores. E seus principais algozes são os arquitetos, salvo raríssimas exceções.
A desculpa da moda é: “a árvore estava brocada”.
Depois você passa onde ela estava e vê o toco serrado, sem nenhuma broca comendo ele por dentro. E cadê a fiscalização? Ela deu o documento atestado que a árvore estava brocada.
Cadê a Secretaria Municipal de Meio Ambiente?
Desculpe-me o amigo José Carlos de Lima Bueno, mas sua secretaria só existe para pesar lixo e capinar em volta da Represa (ah, agora é Lago, não é mais represa. Descobriram que Lago é mais chique, dá mais charme e ibope).
A Secretaria do Meio Ambiente deveria, em primeiro lugar, defender o ambiente na cidade. O meio e o inteiro. Mas não. Ela não existe para isso. Se existisse estaria protegendo o pouco de árvores que temos na ilha central. Ou plantando árvores. Ou educando a população para planta-las.
Por que a Secretaria do Meio Ambiente não incentiva a população a adotar a coleta seletiva de lixo?
Porque não interessa. Ela tem interesses maiores. Se o lixo for coletado de forma seletiva como vai ficar a aferição de pesos dos caminhões da Constroeste Ambiental.
E por falar em lixo, a cidade está suja. Não tem mais varrição de ruas. Cadê os varredores de ruas?
Cadê o pessoal que lavava a praça Rui Barbosa para retirar o coco dos pombos? A praça está tomada de coco de pombo. O que o prefeito Valdomiro Lopes está querendo: matar os andarilhos e moradores de ruas com a DOENÇA DO POMBO?
Ah, uma dica ao Diário da Região: quantas equipes a empresa de catagalhos é obrigada a ter nas ruas segundo o contrato assinado com a Prefeitura? Ah, e mais, o Diário conhece este contrato? Houve licitação? Quantas empresas participaram da licitação?
Está ai um serviço que se mexer FEDE.
E ai vereadores Renato Pupo e Jean Charles? Estão a fim de trabalhar e levantar os podres da administração? Que tal começarem pela catação de galho?
Que tal devolver este serviço aos fretistas da cidade de forma a gerar renda de verdade para muitos e não para um “gato” qualquer?
Que tal multar as pessoas que deixam sua galhada de um dia para o outro nas calçadas? Ah, isso tira voto. Tira nada, as pessoas esquecem em poucos dias.
Vocês foram eleitos para cuidar da cidade. Cuidem.

Um comentário:

  1. Essa novela das "galhadas do chefe da tribo" ñ vai acabar nunca! E a $$$ Tb está se amontoando...

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