quarta-feira, 11 de maio de 2016

Escrever?

Escrever?

Parei de escrever em março.
Março de 2015.
Os motivos foram poucos, cansaço e estresse. Cada vez que me animo a escrever penso no quanto se escreve no mundo. Milhões de pessoas escrevendo. Bilhões, talvez. Todos os dias, bilhões de pessoas escrevendo no mundo. O que tenho a acrescentar? Nada, com certeza.
Pensei em escrever algumas coisas sobre minhas viagens, sobre as coisas boas que conheço, sobre as coisas boas que eu como por ai. Como a munjica de camarão rosa que comi, sexta-feira, no "João do Camarão", na orla de Macapá, ouvindo a boa música de Helinho, enquanto logo ali adiante corria o grandioso e portentoso rio Amazonas. Por uma dessas alegrias do destino, encontrei o irmão e jornalista Renivaldo Rocha, também apreciando as delícias da cozinha amapaense.
Matutei sobre isso.
Escrever sobre a tomada do poder pela direita no Brasil. Tem tanta gente escrevendo. E quem sou eu, no frigir dos ovos, para opinar sobre algo de âmbito nacional. Dilma e seus companheiros deram mole para a oposição. O Brasil virou um picadeiro com muitos palhaços engravatados gritando palavras de ordem na Câmara dos Deputados. Aliás, que decadência! É difícil ver esse achincalhe nacional.
Mas o pano não caiu ainda. A trama política promete desdobramentos maiores. Algo de muito podre paira sobre Brasília e nos assustaremos com o que vem por ai. Talvez seja por isso que parei de escrever; por causa do pessimismo.

Ah! em tempo. Perdemos anteontem o fotógrafo José Maria Arruda Charetti. Um câncer de pulmão o vitimou. Suas últimas palavras ao amigo Quico Catan: "saúde é tudo".

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