Recebi um vídeo sobre um cachorro preto que representa,
de forma artística, a depressão.
Que horror é a depressão.
Que doença nefasta, que sordidez nossa mente produz!
É difícil aceitar que a depressão surge de dentro, do
nosso mais recôndito âmago. A depressão é uma fruta podre no cesto de genes que
nos dão a vida.
Dia desses perdi um primo para a depressão. Um jovem que se
aniquilou em vida. Teve sua alma acorrentada por essa tristeza sem fim. Nada
parece conter o fluxo infernal de depressão. É como se ela fosse realmente um
enorme cachorro preto aprisionado, amarrado, acorrentado ao nosso pescoço.
Mateus foi embora, jovem triste que na tristeza se
engolfou e nela se afogou.
Não, eu não quero cair novamente neste lago de águas pútridas
e negras da depressão.
Quero amansar este cachorro preto e fazer dele um pinscher
dócil. Prometo solenemente amansar esse cão.
Anseio pela vida. A vida em abundância. Quero andar,
correr, ver o sol nascer e ver o sol se por. Quero me distanciar das energias
ruins que me puxam para o lodo. Não quero mais chorar nem choramingar. Quero
erguer a cabeça e estufar o peito; colocar o queixo na altura adequada aos
homens de sucesso, nem para a arrogância nem para o coitadismo.
Minha hora é agora e eu sou um homem de ação. Um homem de
ação não tem tempo para ficar lambendo feridas. Como nos ensinou Dale Carnegie: um homem de
ação ocupa a mente fazendo coisas, trabalhando, produzindo, ajudando, fazendo a
roda da vida girar.
Adeus, cachorro preto nunca mais. Se ele aparecer de
novo, vou colocar nele uma coleira e um cadeado e amarrá-lo bem longe do quintal
da minha alma.
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