sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

UMA VIAGEM A GOIÂNIA


Aeroporto de Ribeirão Preto, 5h30. A fachada da lanchonete apresentando a cidade como “capital nacional do chopp” parece convidativa. Peço um queijo quente e um chocolate. O cérebro recebe a mensagem de um belo pão francês com queijo derretido; eu recebo no pires um pãozinho de forma com um queijo mussarela gordurento e um intragável chocolate morno de tão adoçado. O preço, então, é a punhalada que faltava. Uma passagem ao sanitário masculino dá náusea e arrepios. A fedentina estava tão grande que parecia impregnar na pele. Que coisa horrorosa!
Um chá de banco de quase três horas no aeroporto, até embarcar para Goiânia             , na Passaredo. Voo rápido de uma hora. Aliás, um contorcionismo aéreo na falta de um voo direto entre Rio Preto e Goiânia. A opção TAM é ainda pior. Que falta faz uma pista dupla na BR 153. É mais rápido ir de carro a Goiânia que de avião.
Goiânia é uma bela cidade. Planejada, arborizada, com belos parques. A parte central não se parece em nada com a maioria das capitais brasileiras. Ah, sem contar o enorme contingente de mulheres bonitas!
Almoçamos na Lancaster Grill, uma excelente churrascaria. Lá tem um risoto do cerrado que é de dar água na boca. Dispenso as carnes que me são oferecidas pelos solícitos e educados garçons. O risoto está especial, bem temperado no pequi e com a quantidade ideal de guariroba. Para acompanhar essa especiaria única da cozinha goiana, escolho carré de carneiro e lombo de javali. Um caudaloso suco de abacaxi e uma travessa de ambrosia fecham o almoço.
O aeroporto de Goiânia, a exemplo da cidade, é um brinco. Tudo limpo, higienizado, com banheiros relativamente perfumados. Todavia, nada disso impede os atrasos dos voos, mas suaviza bastante a espera.
De regresso a Ribeirão Preto, meus companheiros e eu tentamos espantar a má impressão da manhã. Desembarcamos por volta das 17h50 com o voo programado para Rio Preto às 22h20. Oba, duas horas de Pinguim...
Pegamos um taxi e pedimos para nos levar ao Pinguim mais próximo. O taxista, despreparado, nos levou a um shopping onde havia de tudo, menos Pinguim. Tivemos que nos contentar com o Senhor Chopp. A choperia é boa, mas não se compara com o Pinguim.
Esse fato me fez relembrar uma história de dois amigos rio-pretenses. Claudio Milan e Daher Nassib Daher Junior estavam no Guarujá degustando chope no Avelino’s, de frente para o mar. De repente, um deles perguntou se o chope dali era melhor que o do Pinguim.  Ficaram na dúvida. Com a dúvida instalada, decidiram tirar a prova dos noves. Entraram no carro e foram até Ribeirão Preto. Tomaram meia dúzia de chope cada um e voltaram para o Guarujá e tomaram mais meia dúzia, chegando a uma óbvia conclusão: o chope do Pinguim era melhor.
Eu tenho cá minhas dúvidas. Acrescento o Bar Leo, na Aurora, Santa Efigênia, coração de São Paulo. No Leo, o chope chega a zero grau com um colarinho cremoso com milimétricos três dedos de espessura. Com 70 anos de tradição, vale a pena conhecer e degustar, lembrando que às oito da noite o bar fecha e o público o muda.
Longe do Pinguim, do Avelino´s e do Leo, fico por aqui com o excelente chope da Riopretana e o bem tirado chope black da Bella Capri.
Ah, se você tiver oportunidade, conheça o chope da Ashby, em especial o weiss. Um creme!
  

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