Antes que o sol caia, muitas vezes me
negará.
Não me verás em espelho algum; nem eu a ti.
Abraço tua imagem distorcida e lamento e
clamo.
Clamo com meus braços erguidos e vestes
rasgadas,
Ralho com meu coração timorato e cruel a
Inflar no íntimo esse fogo morto sob as cinzas
geladas.
Safo-me de seus olhos penetrantes e
perscrutadores:
Tamborilo os dedos como quem nada vê nem
sente,
Imerso num mar tempestuoso de saudades
florígeras.
Nesta manhã de sol, neste dia que se esvai como fina
névoa,
Atrevo-me mais uma vez gritar seu nome e desejar
você.
Valho-me de meus devaneios para clamar à Lua
que
Antes do sol cair e tornar a subir dê um fim à
minha
Nada benfazeja vida cuja seiva escorre sutil e veloz
na
Insone noite de minha derradeira hora.
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