Amar é um vício maldito enquanto chama ardente.
Nenhuma droga é mais potente ou viciante!
Agrada-me este meu rosto compungido de 
sofrer.
Convalesço-me de uma dor que o amor trouxe 
ontem
Ressentido na perda recente que a malícia impôs. 
Inúteis são meus gemidos neste tugúrio 
solitário.
Sondei o insondável na palma de minhas mãos 
trêmulas:
- Tremei, eu disse num balbucio, tremei velha Calipso, 
porque
Indefeso, de espírito insano, mergulhei em veleidades 
e
Nunca mais ao mundo dos sãos pude retornar 
sem
Arfar meu peito que a vagir campeia a fome 
voraz.
Vago, pois há muito tempo não sou eu este 
homem
Alquebrado de silêncios e mortes não morridas – nem 
vividas!
Natural ser comido pelos vermes desde que 
eles,
Insaciáveis, façam de entrada o músculo cardíaco. 

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